História do pagode

Linha do tempo

1970
1980
1990
2000
2010
2020


A Malandragem e as serras do Rio de Janeiro deram origem ao pagode, termo muito associado nos anos 1970 a festas realizadas em residências, muitas vezes em quintais, nos subúrbios do Rio e em favelas e bares de calçada do centro carioca, com drinks e muito samba.
O pagode apareceu pela primeira vez na mídia em 1978 como expressão cultural, quando os cantores Tim Maia e Beth Carvalho visitaram o picadeiro Cacique de Ramos atravéz de Alcir Portela. Beth Carvalho conheceu então um grupo de sambistas chamado Fundo de Quintal, cujo vocalista era Almir Genito, ex-diretor de bateria da escola de samba Unidos do Salgueiro.
O Fundo de Quintal fazia um samba diferente, misturando outros ritmos africanos menos familiares com novas sonoridades, Beth adorou o samba que o Cacique de Ramos fazia e começou a gravar esses novos sambas, revelando nomes como Almir Guineto, Fundo de Quintal, Jorge Aragão e Zeca Pagodinho.
Devido à recepção pública da gravação de "O Pagode" de Beth Carvalho, outros começaram a gravar no início dos anos 1980, e os artistas indicados pela própria cantora, passaram a ser apresentados pela indústria fonográfica nas emissoras de rádio e televisão... Assim, um novo estilo musical se formava dentro do samba.

Com a aceitação do público e com a consolidação desse estilo musical cada vez mais, a preocupação com a comercialização acima da Presença cultural ficou evidente na indústria fonográfica. Ela buscava modificações no pagode para atender aos objetivos comerciais, levando ao design de alto perfil que seria alcançado na década seguinte.
Esta nova versão continha letras mais românticas, harmonias mais suavizadas, além de instrumentação eletrônica inédita no samba, aproximando o estilo do pop. Como resultado, o Pagoda se afastou um pouco de suas raízes originais e encontrou seu lugar na cena musical, sendo um marco nos anos 90 conhecido como "pagode romântico".

Na década de 1990, o pagode foi finalmente dividido em duas partes. O primeiro é considerado “Pagode raiz”, continuação das obras dos músicos e compositores com o apoio de Beth Carvalho. O outro tinha uma forma mais comercial e de grande repercussão no Brasil e no exterior, o chamado "pagode romântico", baseado em textos sentimentais e composições harmoniosas.
Essa nova forma de fazer música provoca uma mudança importante no gênero porque inclui instrumentos eletrônicos como os teclados, que, apesar de serem passíveis de grandes interpretações, aproximam mais o pagode da música pop do que do samba, distanciando-o assim de características de estilo original, de acordo com a crítica.

Os anos 2000 foram uns anos de muito sucesso para o pagode. Nesse sentido, o gênero musical seguiu com a uma pegada mais romântica que foi um marco na década passada, se enraizando nos rádios e nos gostos brasileiros.
Com letras românticas, essa década impulsionou a carreira de muitos nomes importantes. Por exemplo, Rodriguinho, Thiaguinho e Xande de Pilares são algumas das estrelas que se firmaram e marcaram esse cenário musical da época. Listagem dos melhores grupos dos anos 2000: •Revelação;
•Pique Novo;
•Jeito Moleque;
•Bokaloka;
•Os travessos;
•Exaltasamba, entre outros.


O pagode em 2010 era uma das vertentes mais populares da música brasileira. Nessa época, o pagode romântico e o pagode universitário estavam em alta, com artistas como Sorriso Maroto, Grupo Clareou, Revelação, entre outros, fazendo sucesso em todo o país.
As músicas tinham letras que falavam sobre amor, saudade e relacionamentos, e as batidas eram animadas e dançantes, ideias para as festas e para as baladas.
Além disso, o pagode em 2010 também foi influenciado pela música eletrônica, com alguns artistas incorporando elementos de música eletrônica em suas canções, como é o caso do Grupo Pixote com a música "Frenesi", que mesclou o pagode com o "eletrofunk".

Em 2020, o pagode continuou sendo um gênero musical popular no Brasil, com muitos artistas lançando novas músicas e fazendo apresentações e eventos.
No entanto devido à pandemia do COVID-19 e às medidas de distanciamento social, muitos eventos ao vivo foram cancelados ou adiados, o que afetou a indústria da música como um todo. Alguns artistas do pagode adaptaram-se as restrições, realizando shows virtuais e transmitindo ao vivo pelas redes sociais.
Alguns dos artistas mais populares do pagode em 2020 incluíram Ferrugem, Dilsinho, Belo, Péricle, Mumuzinho, entre outros. Alguns dos sucessos do ano foram "Só de Pensar" de ferrugem e "Péssimo Negócio" de Dilsinho.
No geral, o pagode continuou a ser um gênero musical muito popular no Brasil em 2020, mesmo diante das dificuldades causadas pela pandemia.